O que parecia tão natural
Se tornou logo meu grande mal
Lá estava eu
De frente pra tal imagem
Descontorcida e irreconhecível
Como se fosse invisível
Foram apenas três segundos
Para tudo se transformar
Aquela seria eu?
Eu estava mesmo lá?
Uma borboleta num aquário
Um leão num armário
Toda aquela insanidade
Mexia com meu imaginário
Um mais um não era dois
Nada
Absolutamente nada
Nada podia ser deixado pra depois
Gritar seria uma solução?
Não haveria uma outra opção?
A verdade é que todo esse estardalhaço
Me ocupada um enorme espaço
E eu só queria fugir
Pra tentar me distrair
E foi então que eu me toquei
Não, eu não era fora de lei
Essa minha demência
Era só minha estúpida adolescência
Nenhum comentário:
Postar um comentário