28 de dezembro de 2014

Recomeço

Venero-te, fim
Pois faz-me dor
E depois joga 
Todo o seu fervor
E recomeça

Odeio-te assim;
Como a escuridão
Detesta que cavem
Buracos no porão

E então amo-te
Por pura obrigação
Pelo costume
Por não ter poder 
De impedir o sol bater

Por significar renascimento
E barrar qualquer
Arrependimento
Agradeço-te, fim
Por me tornar quem sou
Ainda que não caiba 
Em mim

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