17 de junho de 2014

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Existe uma coisa no mundo da qual eu não tenho dúvidas: nenhum de nós tem o direito de partir corações gradativamente. Eu sei, é inevitável que a gente machuque alguém, mesmo sem querer. É um ciclo que faz parte de viver, a gente fere e é ferido. Mas nós temos a escolha de como fazê-lo e eu continuo com minha tese de que não é justo fazer isso aos pouquinhos.

Tenho um currículo considerável de corações partidos de súbito. Eu não consigo evitar; se sei que não correspondo, prefiro dar uma facada e me afastar do que colocar a pessoa numa máquina de tortura na qual ela vai tomar uma esperança de que eu possa tirá-la de lá. É muito menos cruel, a dor é rápida e logo passa. 

É sempre bem ruim machucar quem te quer bem; mas não é uma escolha que você faz, até porque na vida a gente fica revezando entre caça e caçador o tempo inteiro. Só sei mesmo é que eu prefiro o gosto amargo do repentino que as lágrimas caindo a 1 centímetro por hora.

É uma pena que você não pense assim.

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