Entrelaço-te em meus versos
Faço de ti meu melhor ócio
E assim, de súbito
Eu me desfaço
Em meio a tanta gente
Com tanto planeta
Com tanta galáxia
Com tanto infinito
Escolhi o menor deles
Nesse descarrego de desvanecidos
Acumulando o que eu tenho de sobra
Desde que você apareceu
Desde que tudo clareou
Criam o rico porco que me pertence
E então jogam em um porão
Sem chave
Eternamente
Sei que me pertence
Cogito ser libertadora
Quando me lembro o quão grande
Minha borboleta já fora
Mas desde que você apareceu
Tudo clareou
A uma hora dessa
Meus fios de cabelo já embaraçados
No calor de minhas palavras
No anoitecer de meu amor
O tempo está fechado para lamentos
O céu pintado de preto
Meio tímido
Escondendo o desejo
Dizem que é tarde pra poesia
Ou que é tarde pra amor
Repito convicta
Garota, jamais admita
Nunca é tarde pra chocolate quente
E nem pra passar o pente
Nenhum comentário:
Postar um comentário